viernes, 6 de enero de 2012

SONHO





















O ar irreal que cai
compõe un nítido campo
onde os ritmos           os tempos
interfecundan-se             plenos.

Imagens -ó cores puras!- sem peso
amplitude intangível         claros pomos
peixes sutis na áuga viva             peixes
deslizando –secretos- no silȇncio.

O ar irreal que cai        a queda lúcida
dentro do sono    a grande flor aberta
o íntimo tempo que instaura       mito
rápidos peixes   e pássaros   e campos.

O ar irreal que cai
e se constela
o absoluto no horizonte
    do tempo.


O poema é de Orides Fontela (Correspondencia Celeste, Árdora) e
a ilustración é de Sophia Martineck para a revista literaria Belletristik.

No hay comentarios:

Publicar un comentario